Interior da Capela
Escadas da estufa que davam acesso ao terraço
Lavatório de mãos na cozinha
A zona dos 7 Castelos foi assim denominada por dali se avistarem sete castelos, incluindo o de Sintra.
Em 1898, quando Waldemar d’Orey constrói a casa que actualmente pertence ao Jardim dos 7 Castelos, resolve manter o nome daquele lugar, formando-se assim a Quinta dos 7 Castelos, uma casa para residência anual e não de veraneio.
A Quinta do Barracão sempre foi independente da Quinta dos 7 Castelos visto que a própria linha de comboio fazia a separação de ambas.
O terreno pertencente à quinta estendia-se desde a Rua José Rodrigues Falcão até à Rua de Santa Isabel. À poucos anos a Avenida Pedro Álvares Cabral seria para ter o nome de Waldemar d’Orey por ter sido uma pessoa notável e importante ali em Santo Amaro de Oeiras.
Os edifícios que se encontram do lado da Rua José Rodrigues Falcão seriam na parte posterior (perto da capela) o picadeiro. Para além de terem cavalos, a Quinta tinha ainda vacas, porcos. Toda a zona que vai desde o poço até à área de relvado que tem laranjeiras seria horta e com algumas arvores de fruto das quais permanecem as nespereiras, figueira, laranjeiras e nogueira.
A estrutura metálica que se encontra junto da casa e que hoje é coberta com roseiras de Santa Teresa era inicialmente trepada por videiras.
A dar apoio aos cuidados da Quinta tinham os caseiros um Jardineiro e de verão um rapaz para tratar apenas das regas.
No tanque não tomavam banho, apenas às escondidas da mãe que nunca quis piscina. O tanque apenas servia para as regas.
Na pequena fonte em frente da casa havia para além de água, muitos peixes. Mas um dia houve um incidente com uma criança que quase se afogou e então foi tapado.
O relvado maior, entre a estrada e os edifícios azuis, era um campo de ténis e o alpendre servia de apoio ao ténis. O telhado não é o original.
Do lado oposto do jardim, zona mais agreste de pinheiros, ainda há vestígios de dois muros. Aí seria o ringue de patinagem cimentado. Tia Kika “não havendo nada com que nos divertíssemos, cada família tinha de criar as suas próprias diversões”.
A casinha que se encontra entre o ringue de patinagem e a casa (a casinha com que a Catarina Cid está a trabalhar) era uma estufa para plantas.
A Tia Kika referiu ainda que nunca comiam cá fora, que não era comum, só se fizessem uma sardinhada, nesses casos comiam na parte de baixo da casa (frente) ao lado direito das escadas.
As mudanças para esta casa por parte da Tia Kika coincidiram com o 25 de Abril. Com o marido desempregado resolveram criar em casa uma ocupação de tempos livres que começou com 6 crianças e que acabou com 60. Pode-se dizer que foi o nascimento daquilo a que hoje se chama ATL. A Rita Salema chegou a ser uma das crianças ali alunas. Com o ATL formado, o campo de ténis passou a campo de futebol. A alcunha de Tia Kika surge também nesta altura e foi-lhe atribuída pelas crianças dos tempos livres.
O que a Tia Kika mais gostava no jardim era das palmeiras que se mantém na frente da casa. O Portão que dá para a Avenida Alvares Cabral era um portão apenas utilizado nas grandes festas. Havia ainda uma cancela depois do ringue de patinagem que dava o acesso mais directo até à estação de comboio. Na zona posterior da casa apenas havia um portão e era esse o acesso mais comum da casa.
Dentro da casa recorda as portas folheadas a ouro e uma banheira enorme de mármore que oito homens não conseguiram tirar da cave.
A cave é uma planta bastante labiríntica que parece percorrer toda a casa e que servia essencialmente para guardar mantimentos, ter uma bela garrafeira e uma zona de arrumos. No fundo eram na maior parte do tempo 55 pessoas naquela casa e 6 irmãos.
As filmagens do “Max” (cão polícia da TVI) foram gravadas na casa, e nas filmagens dá para ver partes da casa.
A quinta tinha vários sinos: um na cocheira (edifício onde vai ser o restaurante), um à entrada e o da capela. A família levou os dois sinos menores mas o da Capela foi roubado ainda antes de a família desocupar a Quinta.
Sentimos que a conversa com a Tia Kika e a sua prima da Quinta do Barracão foi muito preciosa, pena que não tenha sido no inicio deste projecto que estamos a desenvolver para o Jardim dos 7 Castelos.
Queremos agradecer por isso a disponibilidade da senhora Margarida d’Orey Velasco. Gostaríamos por isso de enviar um postal e umas flores a agradecer, visto que foi doloroso para a Tia Kika confrontar-se com este espaço que até 2000 fora a sua casa.
A zona dos 7 Castelos foi assim denominada por dali se avistarem sete castelos, incluindo o de Sintra.
Em 1898, quando Waldemar d’Orey constrói a casa que actualmente pertence ao Jardim dos 7 Castelos, resolve manter o nome daquele lugar, formando-se assim a Quinta dos 7 Castelos, uma casa para residência anual e não de veraneio.
A Quinta do Barracão sempre foi independente da Quinta dos 7 Castelos visto que a própria linha de comboio fazia a separação de ambas.
O terreno pertencente à quinta estendia-se desde a Rua José Rodrigues Falcão até à Rua de Santa Isabel. À poucos anos a Avenida Pedro Álvares Cabral seria para ter o nome de Waldemar d’Orey por ter sido uma pessoa notável e importante ali em Santo Amaro de Oeiras.
Os edifícios que se encontram do lado da Rua José Rodrigues Falcão seriam na parte posterior (perto da capela) o picadeiro. Para além de terem cavalos, a Quinta tinha ainda vacas, porcos. Toda a zona que vai desde o poço até à área de relvado que tem laranjeiras seria horta e com algumas arvores de fruto das quais permanecem as nespereiras, figueira, laranjeiras e nogueira.
A estrutura metálica que se encontra junto da casa e que hoje é coberta com roseiras de Santa Teresa era inicialmente trepada por videiras.
A dar apoio aos cuidados da Quinta tinham os caseiros um Jardineiro e de verão um rapaz para tratar apenas das regas.
No tanque não tomavam banho, apenas às escondidas da mãe que nunca quis piscina. O tanque apenas servia para as regas.
Na pequena fonte em frente da casa havia para além de água, muitos peixes. Mas um dia houve um incidente com uma criança que quase se afogou e então foi tapado.
O relvado maior, entre a estrada e os edifícios azuis, era um campo de ténis e o alpendre servia de apoio ao ténis. O telhado não é o original.
Do lado oposto do jardim, zona mais agreste de pinheiros, ainda há vestígios de dois muros. Aí seria o ringue de patinagem cimentado. Tia Kika “não havendo nada com que nos divertíssemos, cada família tinha de criar as suas próprias diversões”.
A casinha que se encontra entre o ringue de patinagem e a casa (a casinha com que a Catarina Cid está a trabalhar) era uma estufa para plantas.
A Tia Kika referiu ainda que nunca comiam cá fora, que não era comum, só se fizessem uma sardinhada, nesses casos comiam na parte de baixo da casa (frente) ao lado direito das escadas.
As mudanças para esta casa por parte da Tia Kika coincidiram com o 25 de Abril. Com o marido desempregado resolveram criar em casa uma ocupação de tempos livres que começou com 6 crianças e que acabou com 60. Pode-se dizer que foi o nascimento daquilo a que hoje se chama ATL. A Rita Salema chegou a ser uma das crianças ali alunas. Com o ATL formado, o campo de ténis passou a campo de futebol. A alcunha de Tia Kika surge também nesta altura e foi-lhe atribuída pelas crianças dos tempos livres.
O que a Tia Kika mais gostava no jardim era das palmeiras que se mantém na frente da casa. O Portão que dá para a Avenida Alvares Cabral era um portão apenas utilizado nas grandes festas. Havia ainda uma cancela depois do ringue de patinagem que dava o acesso mais directo até à estação de comboio. Na zona posterior da casa apenas havia um portão e era esse o acesso mais comum da casa.
Dentro da casa recorda as portas folheadas a ouro e uma banheira enorme de mármore que oito homens não conseguiram tirar da cave.
A cave é uma planta bastante labiríntica que parece percorrer toda a casa e que servia essencialmente para guardar mantimentos, ter uma bela garrafeira e uma zona de arrumos. No fundo eram na maior parte do tempo 55 pessoas naquela casa e 6 irmãos.
As filmagens do “Max” (cão polícia da TVI) foram gravadas na casa, e nas filmagens dá para ver partes da casa.
A quinta tinha vários sinos: um na cocheira (edifício onde vai ser o restaurante), um à entrada e o da capela. A família levou os dois sinos menores mas o da Capela foi roubado ainda antes de a família desocupar a Quinta.
Sentimos que a conversa com a Tia Kika e a sua prima da Quinta do Barracão foi muito preciosa, pena que não tenha sido no inicio deste projecto que estamos a desenvolver para o Jardim dos 7 Castelos.
Queremos agradecer por isso a disponibilidade da senhora Margarida d’Orey Velasco. Gostaríamos por isso de enviar um postal e umas flores a agradecer, visto que foi doloroso para a Tia Kika confrontar-se com este espaço que até 2000 fora a sua casa.
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